quarta-feira, 31 de julho de 2013

DESIGN EXÓTICO



Costumo dizer que não há de fato o conceito cafona, brega, chique, ou algo do gênero em arquitetura e design; mas existem ambientes e elementos decorativos desarmoniosos.
O que faz de um ou outro objeto ser algo medonho ou não, é a participação dele na história da pessoa que o adquiriu, seu valor sentimental e cultural.
Ok, ok, tem muita coisa bizarra que não tem como discutir, mas até o bizarro pode ter sua interpretação Cool, ou pelo menos Kitsch - termo de origem, significado e explicação controverso, usualmente usado nos estudos de estética para designar uma categoria de objetos vulgares, baratos de mau gosto, sentimentais, que copiam referências da cultura erudita sem critério e sem atingirem o nível de qualidade de seus modelos. São destinados basicamente ao consumo de massa. Na verdade, o Kitsh apresenta a sim mesmo como "profundo", "artístico"," importante" e "emocionante".Vamos nos deter nestes últimos conceitos!
Aqui busquei uns exemplos fantásticos de design exótico que marcaram e ainda marcam época, alguns mais conhecidos e outros menos, mas todos muito interessantes e diferentes.
Vamos começar com uma das minhas paixões na categoria mobiliário que é o Sofá Bocca , do design Salvador Dali, ano 1936, desenhado em homenagem a Mae West.








Uma nova leitura do sofá Bocca é do designer Gufram:




                           Outra releitura que ficou um escândalo (em todos os sentidos!),                                                       são as cadeiras Panton Her e Him, do designer Fábio Navembre.



                                         
                    Mesa do design George Giovas.                      



A poltrona acima também está na minha lista de sonhos de
consumo: é a Nemo do designer  Fábio Novembre.



Mesa The Fontana Arte Tour Table, by Gae Aulente. Um Luxo!!!







Human Furniture Collection, Dzmilry Samal




Sphery chair, também de Dzmilry Samal.







Isso não é um Mimo???Esculturas Florian Rain, série Quadrúpedes.




Luminária Mórbida.





Poltrona Blow, dos designers De Pas e Donato D’Urbino e Paolo Lomazzi, ano 1967:






Horse lamp da Mooi.




Luminária Bedsid Gun (A luminária que mata), do designer Philippe Starck.




Luminária AK-47, também do designer Philippe Starck.




Criado pelo designer japonês Kowchi Okamoto, o abajour abaixo imita um balde com sangue escorrendo dentro dele, ou dependendo do ponto de vista pode ser também tinta vermelha, porque não?




A mesa "Paint or Die But Love Me" de John Nouanesing foi inspirada em tintas, e a forma que ela assume quando está caindo ou escorrendo é usada como as pernas da mesa.



Agora vamos falar dos irmãos Campana...

Como uma boa consumidora do design autêntico e exclusivo, não poderia deixar de falar com ênfase e êxtase da dupla brasileirinha dos irmãos Campana (Humberto e Fernando Campana), que são respectivamente formados em Direito pela USP e Arquitetura pelo Unicentro Belas Artes de SP.
Hoje a dupla goza de reconhecimento internacional por seus trabalhos de Design-Arte, cuja temática discute elementos do cotidiano, ou simplesmente produtos sem nenhum valor, que são transformados em peças de caráter artísticos, com uma linguagem única e de, até, uso possível.
Profissionais que despertam o interesse internacional, são os uns dos poucos brasileiros com peças no acervo do MoMA, em Nova Iorque.
Prêmios da Dupla
1992 - Prêmio Aquisição, Museu de Arte Brasileira FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado) São Paulo. Biombo Cerca.
1996 - Primeiro Prêmio Categoria Design (1º lugar) XXI Salão de Arte de Ribeirão Preto, SP. Cadeira de Papelão.
1997 - Primeiro Prêmio Categoria Móveis Residenciais (1º lugar) ABIMÓVEL (Associação Brasileira de Industria de Móveis) São Paulo. Mesa Inflável.
1998 - Segundo Prêmio Categoria Móveis Residênciais (2º lugar) Museu da Casa Brasileira, São Paulo. Estante Labirinto.
1999 - Prêmio George Nelson Design Award, Revista Interiors, EUA.
2001 - Prêmio Especial, Museu da Casa Brasileira, São Paulo, Brasil, H.Stern coleção de jóias.
2005 - Le Prix du Nombre d'Or, Salon du Meuble de Paris, França para Fernando e Humberto Campana.
2005 - Primeiro lugar na Dim award da Feira Internacional de Móveis de Valencia pela cadeira Corallo.
A seguir, algumas obras dos irmãos Campana:





Cadeira Banquete , Irmãos Campana, ano 2002:

                     Idealizada com vários bichos em extinção, feitos em pelúcia sobrepostos. 
                     Foi  inicialmente produzida em edição limitada de 35 unidades, e hoje, já é 
                    comercializada pela Firma Casa, com o preço sob consulta, como toda boa 
                    obra de arte.






                            Em seguida vieram as Banquete com um único tipo de animal, 
                            tão lindas quanto a original; um verdadeiro banquete de sonhos 
                            de consumo!







Coleção favela - Irmãos Campana

Com desejo de fazer um design acessível a grande massa (infelizmente essa parte não deu certo). A cadeira Favela foi desenhada pelos irmãos Campana em 2001, inspirada na favela da Rocinha no Rio de Janeiro. Feita com sarrafos de madeira fixados em uma base de forma assimétrica tal qual as estruturas da favela. Uma das grandes vedetes da Feira de Móveis de Milão, a cadeira ficou tão famosa que ganhou uma versão em miniatura pela Vitra, ao lado de cadeiras famosas como a Phanton, Swan, Marshmallow e etc. Atualmente, ela é fabricada pela Edra, da Itália e utiliza sarrafos de madeira com certificação ambiental. A idéia da cadeira é mostrar a reutilização de materiais tipicamente rejeitados, com uma nova função.
Com o sucesso da cadeira, foi lançada a coleção completa, com cama e sofá.









Outros produtos sonho de consumo dos Campanas, são os sofás, ficaria muito feliz em ganhar qualquer um deles, e mais feliz ainda em ter um aptº que os coubesse, enquanto isso eles pairam o lado lúdico e sonhador de um público antenado e com um senso artístico aguçado. Aqui está apenas uma pequena mostra:



Sofá Aster Papposus, criando em 2006 com intuito de agrupar pessoas.
 Este sofá além de ter feito um enorme sucesso na feira de Milão, do 
                ano de seu lançamento, hoje pode ser visto no Museu de Artes      Decorativas em Paris, visita imperdível!!!!



Sofá Kaiman Jakaré, 2006.Irmãos Campana.

                         Inspirado nos jacarés caiman , da bacia amazônica, que podem
                         chegar a 6 m de comprimento.


.
Sofá BOA, 2002.Irmãos Campana.
   Este eu pude experimentar à alguns bons anos atrás no foyer do Hotel Unique
       em São Paulo, que por sinal na época era um verdadeiro show room de móveis
          obra de arte, dentre eles estava o sofá Boa. Quando vemos este sofá, dá vontade
            de tirar distância e sair correndo para se jogar nele (ainda bem que me controlei!), além de lindo e elegante é confortabilíssimo.



Cabana Shelving, 2010, irmãos Campana.

                                Lançada no Salão do Móvel 2010, a Cabana Shelving dos irmãos 
                                Campana é um misto do melhor estilo de uma cabana tipicamente 
                                indígena com uma estante de prateleiras arredondadas e organizadas 
                                em torno de uma coluna central.





















































terça-feira, 30 de julho de 2013

Estética dos Anos 60


A década de 60 representou, no início, a realização de projetos culturais e ideológicos alternativos lançados na década de 50.
A década de 1960 pode ser dividida em duas etapas. A primeira, de 1960 a 1965, marcada por um sabor de inocência e até de lirismo nas manifestações sócio-culturais, e no âmbito da política é evidente o idealismo e o entusiasmo no espírito de luta do povo. A segunda, de 1966 a 1968 (porque 1969 já apresenta o estado de espírito que definiria os anos 70), em um tom mais ácido, revela as experiências com drogas, a perda da inocência, a revolução sexual e os protestos juvenis contra a ameaça de endurecimento dos governos.Nesta época teve início uma grande revolução comportamental como o surgimento do feminismo e os movimentos civis em favor dos negros e homossexuais.
Pop Art, Op Art, Minimalismo, Arte Conceitual, Mod, Mao, Hippies, Era Espacial, British Invasion, Provos, Psicodelia, Contracultura, plástico, aeronáutica, aerodinâmica, tomam o lugar da influência das turbinas de jatos e do estilo rock’n'roll e teddy boys dos anos 50. Pós Modernismo.




A imagem acima é a Ball Chair, 1963, do finlandês Eero Aarnio.
O plástico passa a ter influência fundamental na concepção e no design na década de 60. Suas várias fórmulas tornam possível a utilização em larga escala no processo industrial.
Abaixo, Pastilli Chair, 1967, Eero Aarnio (FIN) – Fiberglass e poliéster reforçado (influência espacial), Prêmio American Industrial Award 1968:





Egg Chair, 1968, de Peter Ghyczy, alemão de origem húngara:





Panton Chair, 1960/1963, do arquiteto e designer Vernon Panton (DIN), a primeira cadeira de plástico injetado. É comercializada até hoje – Produzida pela Vitra a partir de 1967:







A influência hippie inspirou os designers italianos, Piero Gatti, Cesare Paolini e Franco Teodoro a criar para a Zannota, a primeira cadeira-pufe (a partir das almofadas hippies), Sacco, um saco cheio de poliestireno que se moldava ao corpo.





Blow Chair, 1967, Poltrona Inflável, dos italianos Paollo Lomazzi, Jonathan de Pas e Donato d’Urbino. Essa cadeira lançou o conceito Pop Design!















Escritório



"O partido desse projeto foi integrar várias funções e serviços que podem se auxiliar"

          Por isso que 180m² foram subdivididos em 9 salas, de tamanhos, formas e layouts distintos. Com a preocupação de manter uma integridade entre os ambientes e mesmo assim respeitar as características individuais de cada usuário, a arquiteta Karina Caetano, encontrou na cromoterapia e no estudo de materiais a solução desta questão. 
         Optando por cores neutras e frias, como os tons de cinza , o branco e o preto, o tom aconchegante ficou por conta da decoração (personalizada) e da ambientação através do projeto de iluminação.
         O resultado foi um conjunto de sala , de cores iguais, assim como a padronagem de lamina de madeira dos móveis e tipologia de cadeiras, que passam sensações totalmente diferentes entre si.
         A iluminação também é um ponto que vale ser ressaltado, pois houve uma preocupação na conta de energia, sem perder a possibilidade de criar cenas através da luz. As  lâmpadas são fundamentalmente é econômicas, mas nas principais salas temos lâmpadas halógenas , para melhorar reprodução de cor.Além disso, pensando na economia com luminárias, optamos em trabalhar o forro com sancas que geram iluminação direta e indireta.
       Na recepção principal, com papel de parede que imita madeira de demolição, podemos ter acesso a sala de reuniões que eventualmente também pode ser utilizada como auditório, com capacidade para 25 pessoas sentadas, com iluminação feitas somente por sancas que podem ser acesas individualmente.
         Em seguida temos sala de atendimento e assessoria, com pequenas mesas individuais de atendimento e um extenso balcão para a assessoria.
         A sala da administração, possui mais pigmentos pretos que dão um aspecto mais masculino ao espaço.
       A sala de arquitetura , foge a regra dos tons neutros nas paredes. Pintada em azul turquesa, e com papel de parede 3D,  a decoração brinca com criatividade a harmonia da sala.
      A sala de marketing, mesmo com a base em tons de cinza, possui muito colorido com seus equipamentos e decoração. 
          E por fim a sala de administração pública, que passa uma percepção feminina. Do papel de parede , aos objetos de decoração, foi possível fazer uma decoração que transmitisse seriedade e delicadeza ao mesmo tempo.



Sala de administração pública



segunda-feira, 29 de julho de 2013

Escola BAUHAUS

DESIGN:
#BAUHAUS
A Staatliches-Bauhaus ("casa construída" - mais conhecida simplesmente por Bauhaus) foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo. A escola foi fundada por Walter Gropius em 25 de abril de 1919, a partir da reunião da Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas . A intenção primária era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitetura,artesanato, e uma academia de artes, e isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali. A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial. Gropius pressentiu que começava um novo período da história com o fim da Primeira Guerra Mundial e decidiu que a partir daí dever-se-ia criar um novo estilo arquitetônico que refletisse essa nova época. O seu estilo tanto na arquitetura quanto na criação de bens de consumo primava pela funcionalidade, custo reduzido e orientação para a produção em massa, sem jamais limitar-se apenas a esses objetivos. O próprio Gropius afirma que antes de um exercício puro do racionalismo funcional, a Bauhaus deveria procurar definir os limites deste enfoque, e através da separação daquilo que é meramente arbitrário do que é essencial e típico, permitir ao espírito criativo construir o novo sobre a base tecnológica já adquirida pela humanidade. Por essas razões Gropius queria unir novamente os campos da arte e artesanato, criando produtos altamente funcionais e com atributos artísticos. Ele foi o diretor da escola de 1919 a 1928, sendo sucedido por Hannes Meyer e Ludwig Mies van der Rohe.
Alguns artistas e professores da Bauhaus: *

Walter Gropius:





·         Josef Albers:




·         Mies Van Der Rohe:






·         Marcel Breuer:






            ·         Lyonel Feininger:

                
                       



·            Wassily Kandinsky:






·         Marianne Brandt: